quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Amor e morte ao sabor de Estricnina

Dois corpos rígidos abraçados; Rigor Mortis;
O músculo endurecido dos amantes;
Que já não sente dor;

Aquela tristeza não existe mais,
Foi-se aos poucos se esvaindo,
Junto com o ar, nesta morte agônica.

Pálidos corpos entregues a lua; Pallor Mortis;
Já não exibem a beleza de outrora,
Estão entregues a eternidade agora.

Caíram no inferno do esquecimento,
Juntos, assim como o desejado.
Este pacto mortal e cruel; romântico.

A pele fria, em contato com a noite, Algor Mortis.
Na sombria solidão das trevas,
Anoitecerá toda manhã para os dois.

E depois das juras, o pacto,
A fiel despedida, o beijo selado,
Com estricnina.

“Pretium doloris mortis”

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